quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Mapas conceituais: ferramenta valiosa para professores e alunos!!



http://labspace.open.ac.uk/mod/resource/view.php?id=365568

Surgido há mais de 30 anos  e desenvolvido pelo cientista norte-americano Joseph Novak os mapas conceituais são  ferramentas excelentes para quem quer incentivar uma aprendizagem colaborativa, baseada em projetos.
 
Seu uso está crescendo no Brasil devido à iniciativas direcionadas para a formação de professores e aplicações pedagógicas, todas voltadas para a difusão do mapa conceitual como uma ferramenta no âmbito das TIC. 
Facilita a representação e a análise de informações, ajuda a construção de conhecimentos, e mostra o aprendizado do conteúdo. Exemplo: o professor divide a turma em grupos, propõe um tema a ser estudado e pede para construirem um mapa sintetizando o assunto com palavras e links. Vale à pena entender mais sobre a ferramenta!!

PITEC!!!



Experiência realizada com o Projeto Integrado de Tecnologia no CurrículoPITEC: Blog dos Normalistas . Objetivos: Construção do Blog do Curso Normal do C.E.Baltazar Carneiro, pelos normalistas da Unidade escolar.Introduzir o uso da ferramenta blog e refletir sobre os seus recursos e potencialidades pedagógicas.
Segmento de Ensino: 1ª série do Curso Normal  Metodologia:Realização de Oficinas pela Orientadora Tecnológica, utilizando Vídeos/tutoriais, pesquisas na internet. Professora ´da turma participante e envolvida foi de PPIP . Forma de avaliação - Foi avaliado no Blog a existência de postagens com textos, mensagens com teor pedagógico; Registro de ações dos normalistas em projetos executados por eles na Unidade Escolar, através de postagens com fotos.

Cronograma
Oficina 1 -  Importância e tipos de blogs
09/08/2010
Oficina 2 – Criando um blog
16/08/2010
Oficina 3 -  Postando textos
23/08/2010
Oficina 4 – Postando imagens
30/08/2010

Algumas considerações sobre a experiência: o cronograma acima foi alterado estendendo- se até o mês de novembro. Motivos: a grande maioria dos alunos  teve que criar e-mail para a participação do blog. Alguns tinham somente para pertencer ao  Orkut; A professora da turma considerou extremamente produtivo pois,  alunos que em sala de aula  eram desinteressados  demonstraram motivação e atenção.  O blog será um espaço de registro de projetos desenvolvidos pelos alunos do Curso Normal e  trabalhos da turma ao longo do curso.   


 
http://wordpress.hayscisd.net/it/2009/08/

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Tics e Projetos !

As TICs no desenvolvimento de projetos pedagógicos possibilita a ampliação na busca de informações, na forma de interagir e colaborar (exemplo, o e-mail, chat, lista de discussão, fórum), estimula o  trabalho de equipe, a responsabilidade de autoria (ex. os blogs,  a produção de vídeos).
E o curriculo desenvolvido através de projetos com as TIcs, vai se construindo e recontruindo-se num processo dialógico.  O papel do Educador é de orientador e de co-aprendiz, ensinar a aprender e a pensar.  
Para os professores, sábias são as palavras de  Drummond de Andrade “ o tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente".
http://blog5eahc.wordpress.com/2009/10/15/charges/


Cultura Digital?

http://www.brasilcultura.com.br/wp-content/uploads/2010/10/cultura-digital-300x264.jpg
Cultura Digital? Não só uma revolução tecnológica, as novas tecnologias digitais de comunicação estão mudando a própria cultura. A chamada revolução digital é devido ao impacto de tecnologias como o telefone celular, a TV digital e a internet na sociedade e as alterações que vem causando, com o aumento vertiginoso da quantidade de informação e o surgimento de comunidades virtuais. Muito  interessante são as definições do sociólogo espanhol Manuel Castells, em http://culturadigital.br/o-programa/conceito-de-cultura-digital/.
E, nós professores? Estamos preparados para esta cultura? Para Léa Fagundes, a escola quando utiliza a tecnologia, tem feito pra reproduzir as velhas formas, metodologias de ensino.
Na verdade, temos ainda um grande abismo a ser ultrapassado pois, a grande  maioria dos professores atuais não são nativos digitais e sim migrantes digitais. Além de aprenderem usá-las, tem que na práxis pedagógica utilizar de forma pedagógica e contextualizada através de projetos que levem os alunos a utilizarem as ferramentas tecnológicas que permitem interatividade e colaboração.

Currículo e suas características!

Segundo o professor  Antonio Flavio Barbosa Moreira, grande pesquisador no campo curricular, o currículo é organizado em um determinado contexto histórico de um dada sociedade e vai refletir aquilo que a sociedade quer formar como pessoa, membro de uma sociedade.
Se vivemos na chamada sociedade da informação, tecnológica, espera-se que a escola instrumentalize os seus alunos para viver nela. Entretanto, o currículo não pode se restringir as demandas da sociedade, e sim ir além no sentido de preparar  cidadãos para efetuarem mudanças que considerarem importantes.

O currículo é um espaço de pesquisa, e portanto flexível. O professor tem um papel de selecionar e organizar, estimlando os seus alunos a serem "habitantes" conscientes no mundo virtual. 
Nste sentido, para o  uso das Tics nas escolas é necessário não só o conhecimento técnico delas, e também o pedagógico no sentido de sabermos usá-las para produzir conhecimento, promover interação, estimular a participação e diálogo, ou seja, a democratização digital.
A formação continuada dos professores para a prática de uma pedagogia diferenciada com o uso da tecnologia é um um processo iniciado por parte do MEC e de Secretarias de Educação de alguns Estados, de algumas Instituições de ensino  que precisa ser fortalecido e popularizado para todos os educadores. Muito temos que caminhar...

"Inovar no interior da escola"

Mônica Gather Thurler, professora da Faculdade de psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Genebra, Suíça, trabalha em pesquisas sobre a profissionalização dos professores e no desenvolvimento da qualidade de sistemas de ensino.
A sua abordagem sobre projetos é muito  pertinente e valiosa no atual momento em que vivemos um processo de mudanças necessárias no ensino e aprendizagem. A professora enfatiza que trabalhar com projetos é fazer escolhas, ter objetivos claros ( o que se quer, o que se pode). E, aproveitando o título de um livro seu: é preciso Inovar no interior da escola.
É indiscutível a validade de suas idéias sobre a necessidade de construção nas escolas projetos nos quais os professores vão se profissionalizar de forma interativa, questionando suas práticas, identificando objetivos comuns. Havendo também a necessidade de valorização mais do processo do que o produto da aprendizagem de seus alunos.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Índios Kuikuro preservam tradições com o uso da tecnologia



Mudanças e permanências... é possível!!!


Produção de vídeo feita no Parque indígena do Xingu – MT com a tribo  Kuikuru, é uma demonstração de articulação entre  currículo, tecnologia e cultura.
Um das características fundamentais de um currículo é a diversidade cultural. Vivemos numa sociedade plural e, o mundo indígena é uma de suas facetas.
Este registro sobre  os kuikurus revelando suas características de organização social, política e econômica através de  relatos de seus próprios membros, imagens  e filmagens, é uma forma de conhecer, aprender que supera qualquer texto, livro didático dentro de uma sala de aula.
Aprender está além dos muros das escolas e as tecnologias estão aí para transpor os limites, e ir além das velhas formas de aprendizagem.
Não basta registrar e conhecer. É preciso saber  o objetivo!!. Saber das culturas existentes, estimular o respeito à diversidade, o relativismo cultural, o senso crítico sobre as mudanças que ocorrem em diferentes culturas com a globalização.
As mudanças e as influêncas culturais não podem significar a perda de uma identidade cultural essencial, como  é mostrado em um dos relatos. Há por parte de líderes da comunidade indígena, a utilização da tecnologia para registrar e documentar suas festas com as danças e sons com objetivo de preservá-las. Aí... tecnologia servindo para registrar, refletir e preservar cultura "aqui" e "lá"!!!!

Novas fronteiras: as digitais!!!



Convivemos em sala de aula com uma nova geração - Os "nativos digitais", diferentemente de nós, professores que, estamos num processo de imigração digital, os nosso alunos vivem em geral mergulhados na tecnologia. Mas, de que forma? Apenas consumidores? Temos que aguçá-los para o uso consciente das TICs, como uma forma de interagir mas, também como mecanismo de aprendizagem, de inserção social e democratização do conhecimento.
Ensinar e aprender com as TIC é crucial no contexto do mundo atual, pois constituem ferramentas necessárias no atual paradigma de educação.
Temos que vislumbrar um democracia eletrônica, em que as pessoas tenham expressão, interação, e ações concretas que poderão ser viabilizadas pelo virtual, em que pessoas, escolas, cidades, países se organizem, troquem experiências e produções de conhecimentos para termos uma vida melhor para todos.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Projeto e Interdisciplinariedade!!

Pedagogicamente Interdisplinariedade significa cooperação, diálogo entre os conhecimentos disciplinares.  E de acordo com o grau de interação entre as disciplinas foram criados vários termos: multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.
O trabalho com projetos  é interdisciplinar quando  pressupõe uma organização, coordenação das ações disciplinares focadas e orientadas por um interesse comum. Ele rompe com as fronteiras disciplinares.
No projeto não se trata de trabalhar com temas geradores e ações previstas!! Na verdade o que se vislumbra no trabalho com projetos na educação  “ Não é um caminho novo. O que eu tenho de novo é um jeito de caminhar” (Thiago de Melo).
Os projetos são essencialmente oportunizadores de atitudes autônomas por parte dos alunos, contribuindo para a formação de uma cultura que estimula o trabalho colaborativo, a interação e o espírito democrático. O aluno pesquisa, questiona, decide, produz, torna-se autor de seu trabalho. E, o professor? Um mediador!!!
No desenvolvimento de projetos o professor precisa conhecer as potencialidades e as limitações das diferentes tecnologias existentes em sua escola, para saber usá-las como um instrumento facilitador da aprendizagem  e enriquecedor do projeto na utilização de diversas linguagens.

domingo, 12 de setembro de 2010

Projeto em educação!


O trabalho com projetos na prática educativa tem sido estudado, buscado e muitas vezes concretizado de várias formas. E por que trabalhar com projetos?

O trabalho com projeto permite romper com as fronteiras disciplinares, favorecendo o estabelecimento de elos entre as diferentes áreas do conhecimento numa situação contextualizada de aprendizagem. No entanto, muitas vezes é atribuído valor para as práticas interdisciplinares, de tal maneira que passa a negar qualquer atividade disciplinar, o que constitui uma visão equivocada. A ação interdisciplinar fortalece as disciplinas sem que haja perda da identidade das mesmas.

Na realidade, ao trabalharmos com projetos, temos que ter claramente a resposta para a pergunta: Quais são as nossas intenções? E o projeto terá grande significado e importância se estiver a serviço do projeto político Pedagógico.

No PPP, de forma democrática e autônoma, é que a escola define que tipo de cidadão pretende formar e inserir na sociedade, e posteriormente estabelece os maios para alcançar os fins planejados.  Eis, a importância dos projetos!!!!



Grandioso pensador brasileiro: Paulo Freire!


Ao trabalhar com projetos, é norteador ler as idéias de Paulo Freire pois, uma das grandes inovações da pedagogia freireana é considerar que o sujeito da criação cultural não é individual, mas coletivo. Freire  defendia como objetivo da escola ensinar o aluno a “ler o mundo” para poder transformá-lo.  E   a leitura de  hoje é de um mundo digital, onde os projetos escolares devem desenvolver as competências para os alunos  viverem e agirem neste mundo e sociedade conectada.

“Um conceito a que Paulo Freire deu a máxima importância, e que nem sempre é abordado pelos teóricos, é o de coerência...“As qualidades e virtudes são construídas por nós no esforço que nos impomos para diminuir a
distância entre o que dizemos e fazemos”, escreveu o educador.

“Como, na verdade, posso eu continuar falando no respeito à dignidade do educando se o ironizo, se o discrimino, se o inibo com minha arrogância?” Você, professor, tem a preocupação de agir na escola de acordo com os princípios em que acredita? E costuma analisar as próprias atitudes sob esse ponto de vista?”
(Fonte: http://eproinfo.mec.gov.br/webfolio/Mod84666/conteudo/unidade_1/Eixo1-Texto8.pdf)

Projeto Amora!


Um projeto sem disciplinas com horários fixos, sem seriação, realizado no Colégio de Aplicação da UFRGS ( escola de educação fundamental de uma universidade pública), por alunos e professores, envolvidos na construção de conhecimentos e aplicações das novas tecnologias da informática à educação presencial e à distância. Vale a pena saber mais!!
Em http://educadi.psico.ufrgs.br/historia/1996/amora/projeto.htm

Ser projeto de vida!

Ter vida como projeto é buscar o essencial, o verdadeiro, o simples.Buscar ter a consciência dos limites, e refazer-se na crença de um futuro melhor, é procurar a “luz”, energia para agirmos para sermos melhores no trabalho e na vida.

domingo, 25 de julho de 2010

Política e Português

Aula de português -
 Fonte:http://www.ivancabral.com

Estamos em ano eleitoral!!!  Quer acompanhar a atuação dos "nossos" parlamentares? Acesse http://congressoemfoco.uol.com.br/ 

e, informe-se sobre o combate à corrupção nas prefeituras do Brasil 
(Cartilha orientando como os cidadãos podem combater a corrupção) em

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Para pensar...

A Sociedade Mundial da Cegueira

O poeta Affonso Romano de Sant'Ana e o prêmio Nobel de literatura, o portugues José Saramago, fizeram da cegueira tema para críticas severas à sociedade atual, assentada sobre uma visão reducionista da realidade. Mostraram que há muitos presumidos videntes que são cegos e poucos cegos que são videntes.

Hoje propala-se pomposamente que vivemos sob a sociedade do conhecimento, uma espécie de nova era  das luzes. Efetivamente assim é. Conhecemos cada vez mais sobre cada vez menos. O conhecimento especializado colonizou todas as áreas do saber. O saber de um ano é maior que todo saber acumulado dos últimos 40 mil anos. Se por um lado isso traz inegáveis benefícios, por outro, nos faz ignorantes sobre tantas dimensões, colocando-nos escamas sobre os olhos e assim impedindo-nos de ver a totalidade.

O que está em jogo hoje é a totalidade do destino humano e o futuro da biosfera. Objetivamente estamos pavimentando uma estrada que nos poderá conduzir ao abismo. Por que este fato brutal não está sendo visto pela maioria dos especialistas nem dos chefes de Estado nem da grande mídia que pretende projetar os cenários possíveis do futuro? Simplesmente porque, majoritariamente, se encontram enclausurados em seus saberes específicos nos quais são muito competentes mas que, por isso mesmo, se fazem cegos para os gritantes problemas globais.

Quais dos grandes centros de análise mundial dos anos 60 previram a mudança climática dos anos 90?  Que analistas econômicos com prêmio Nobel, anteviram a crise econômico-financeira que devastou os países centrais em 2008? Todos eram eminentes especialistas no seu campo limitado, mas idiotizados nas questões fundamentais. Geralmente é assim: só vemos o que entendemos. Como os especialistas entendem apenas a mínima parte que estudam, acabam vendo apenas esta mínima parte, ficando cegos para o todo. Mudar este tipo de saber cartesiano desmontaria hábitos científicos consagrados e toda uma visão de mundo.

É ilusória a independência dos territórios da física, da química, da biologia, da mecânica quântica e de outros. Todos os territórios e seus saberes são interdependentes, uma função do todo. Desta percepção nasceu a ciência do sistema Terra. Dela se derivou a teoria  Gaia que não é tema da New Age mas resultado de minuciosa observação científica. Ela oferece a base  para políticas globais de controle do aquecimento da Terra que, para sobreviver, tende a reduzir a biosfera e até o número dos organismos vivos, não excluidos os seres humanos.

Emblemática foi a COP-15 sobre as mudanças climáticas em Copenhague. Como a maioria na nossa cultura é refém do vezo da atomização dos saberes, o que predominou nos discursos dos chefes de Estado eram interesses parciais: taxas de carbono, níveis de aquecimento, cotas de investimento e outros dados parciais.  A questão central era outra: que destino queremos para a totalidade que é a nossa Casa Comum? Que podemos fazer coletivamente para garantir as condições necessárias para Gaia  continuar habitável por nós e por outros seres vivos?

Esses são problemas globais que transcendem nosso paradigma de conhecimento especializado. A vida não cabe numa fórmula, nem o cuidado numa equação de cálculo. Para captar esse todo precisa-se de uma leitura sistêmica junto com a razão cordial e compassiva, pois é esta razão que nos move à ação.

Temos que desenvolver urgentemente a capacidade de somar, de interagir, de religar, de repensar, de refazer o que foi desfeito e de inovar. Esse desafio se dirige a todos os especialistas para que se convençam de que a parte sem o todo não é parte. Da articulação de todos estes cacos de saber, redesenharemos o painel global da realidade a ser comprendida, amada e cuidada. Essa totalidade é o conteúdo principal da consciência planetária, esta sim, a era da luz maior que nos liberta da cegueira que nos aflige.

Leonardo Boff á autor de A nova era: a consciência planetária, Record (2007)

domingo, 20 de junho de 2010